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O Papel da Terapia Hiperbárica nas Doenças Neurodegenerativas

Escrito por Equipe Casa Hiperbárica | Oct 9, 2025 1:22:55 PM

As doenças neurodegenerativas — como Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) — representam um dos maiores desafios da medicina moderna. Caracterizadas pela perda progressiva de neurônios e declínio cognitivo e motor, elas comprometem significativamente a qualidade de vida do paciente e sobrecarregam familiares e cuidadores.

Nos últimos anos, a terapia hiperbárica tem ganhado destaque como uma abordagem complementar capaz de melhorar a oxigenação cerebral, reduzir inflamações e favorecer a regeneração celular. Mas qual é o real papel dessa terapia nesses quadros? O que a ciência já comprovou?

O Que é a Terapia Hiperbárica?

A terapia hiperbárica consiste na inalação de oxigênio a 100% em uma câmara pressurizada. Esse ambiente faz com que o oxigênio se dissolva no plasma sanguíneo em níveis muito superiores ao normal, alcançando áreas do corpo com circulação comprometida, incluindo o sistema nervoso central.

Esse aumento na oferta de oxigênio promove:

  • Melhora da microcirculação cerebral.
  • Ação anti-inflamatória.
  • Estímulo à neurogênese e regeneração tecidual.
  • Aumento da energia celular (ATP).
  • Redução do estresse oxidativo.

Esses mecanismos explicam por que a terapia vem sendo estudada como suporte em doenças que envolvem sofrimento celular crônico, como as neurológicas.

Como o Cérebro se Beneficia da Oxigenoterapia Hiperbárica

O cérebro é altamente dependente de oxigênio. Qualquer redução prolongada em seu suprimento pode desencadear degeneração neuronal. Com a terapia hiperbárica, há um aumento significativo da oxigenação cerebral, o que melhora o metabolismo celular e reduz processos inflamatórios.

Entre os principais efeitos observados estão:

  • Neuroproteção: o oxigênio reduz a morte celular e preserva os neurônios remanescentes.
  • Melhora na função mitocondrial, essencial para energia e desempenho cognitivo.
  • Redução da neuroinflamação, que está presente em todas as doenças neurodegenerativas.
  • Aumento da plasticidade neural, facilitando conexões cerebrais e funções cognitivas.

Esses efeitos ajudam a retardar a progressão dos sintomas e a melhorar a qualidade de vida de pacientes em diferentes estágios da doença.

Evidências Científicas em Doenças Neurodegenerativas

Doença de Alzheimer

Estudos recentes mostram que a terapia hiperbárica pode melhorar a memória, atenção e fluxo sanguíneo cerebral, além de reduzir proteínas inflamatórias associadas ao Alzheimer.

Doença de Parkinson

Pesquisas sugerem que o aumento da oxigenação cerebral auxilia na função motora e equilíbrio, reduzindo a rigidez muscular e os tremores característicos da doença.

Esclerose Múltipla (EM)

Pacientes submetidos a sessões regulares apresentaram redução da fadiga, melhora da cognição e menor frequência de surtos inflamatórios.

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Embora não exista cura para a ELA, a oxigenoterapia tem mostrado potencial em melhorar a oxigenação dos tecidos e retardar o avanço da degeneração muscular e neurológica.

Ação Antioxidante e Anti-Inflamatória

Além de aumentar o oxigênio disponível, a terapia hiperbárica atua diretamente na redução do estresse oxidativo, um dos principais mecanismos envolvidos na degeneração neuronal.

O excesso de radicais livres danifica células nervosas, enquanto o ambiente hiperbárico estimula a produção de enzimas antioxidantes e melhora a resposta imunológica. Essa combinação protege o tecido cerebral e favorece o equilíbrio metabólico.

Conclusão

A terapia hiperbárica representa uma das abordagens mais promissoras da medicina integrativa moderna. Embora não exista cura para as doenças neurodegenerativas, os estudos apontam que a oxigenoterapia pode retardar a progressão da doença, melhorar funções cognitivas e aumentar a vitalidade cerebral.

Com o acompanhamento adequado, ela se torna uma ferramenta poderosa para quem busca não apenas viver mais, mas viver com mais qualidade e lucidez.