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Feridas que Não Cicatrizam: Terapia Hiperbárica para Resolver Casos Crônicos

Escrito por Equipe Casa Hiperbárica | Nov 25, 2025 7:13:31 PM

Feridas que demoram para cicatrizar não são apenas um incômodo estético — elas podem representar um problema de saúde sério, com risco de infecção, dor crônica e até amputações em casos mais graves. Pacientes diabéticos, idosos ou pessoas com má circulação frequentemente enfrentam esse desafio, e muitas vezes os tratamentos convencionais não são suficientes.

É nesse cenário que surge a Terapia Hiperbárica, um tratamento com oxigênio de alta pressão que tem se mostrado extremamente eficaz na recuperação de feridas crônicas e de difícil cicatrização.

Por que algumas feridas não cicatrizam?

A cicatrização é um processo biológico que depende de boa circulação sanguínea, oxigenação adequada e resposta imunológica equilibrada.
Quando um desses fatores é comprometido, o organismo não consegue regenerar os tecidos de forma eficiente.

As causas mais comuns de feridas crônicas incluem:

  • Diabetes mellitus (úlceras diabéticas).

  • Insuficiência venosa ou arterial.

  • Lesões por pressão (escaras).

  • Radiodermites (lesões após radioterapia).

  • Infecções persistentes ou traumas repetitivos.

Nesses casos, o tecido ao redor da ferida costuma ter baixa oxigenação, o que impede a regeneração e favorece a proliferação de bactérias.

O que é a Terapia Hiperbárica

A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) consiste em submeter o paciente a sessões dentro de uma câmara pressurizada, onde ele respira oxigênio 100% puro em pressão superior à atmosférica.
Essa condição faz com que o oxigênio se dissolva diretamente no plasma sanguíneo — e não apenas na hemoglobina —, permitindo que alcance áreas onde a circulação está comprometida.

O resultado é uma oxigenação tecidual muito superior à obtida em condições normais, estimulando processos de regeneração e cicatrização.

Como o Oxigênio de Alta Pressão Atua nas Feridas Crônicas

O oxigênio pressurizado tem múltiplos efeitos terapêuticos que favorecem a recuperação das feridas:

  • Aumenta a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese), melhorando a circulação local.

  • Estimula a proliferação de fibroblastos e colágeno, essenciais para reconstrução da pele.

  • Reduz o edema e a inflamação, diminuindo a dor e o inchaço.

  • Potencializa a ação dos antibióticos e combate bactérias anaeróbias, comuns em feridas infectadas.

  • Favorece o crescimento de novos tecidos, acelerando o fechamento da lesão.

Com isso, a OHB cria um ambiente ideal para o corpo reiniciar o processo de cicatrização que estava bloqueado.

Benefícios Clínicos Comprovados

Diversos estudos clínicos mostram que a Terapia Hiperbárica acelera significativamente a cicatrização em pacientes com feridas crônicas.
Entre os principais resultados observados estão:

  • Redução do tamanho da ferida em poucas sessões.

  • Diminuição da dor e da inflamação local.

  • Redução do risco de amputações em úlceras diabéticas.

  • Melhora da resposta imune e prevenção de novas infecções.

Em casos complexos, como radiodermites e feridas pós-operatórias, o tratamento também ajuda a restaurar tecidos danificados e a recuperar áreas necrosadas.

Quem Pode se Beneficiar da Terapia Hiperbárica

A OHB é indicada especialmente para pacientes com:

  • Úlceras diabéticas e vasculares.

  • Feridas pós-cirúrgicas que não cicatrizam.

  • Lesões por radiação.

  • Infecções ósseas (osteomielite).

  • Queimaduras extensas.

  • Enxertos e retalhos comprometidos.

A quantidade de sessões varia de acordo com o tipo e gravidade da ferida, mas geralmente são realizadas de 20 a 40 sessões, com duração média de 60 a 90 minutos cada.

Segurança e Cuidados

A Terapia Hiperbárica é segura, indolor e não invasiva, desde que realizada sob supervisão médica em clínicas especializadas.
Efeitos colaterais são raros e geralmente leves, como sensação de pressão nos ouvidos.

As contraindicações incluem pneumotórax não tratado e algumas doenças pulmonares ou cardíacas. Por isso, a avaliação médica é indispensável antes de iniciar o tratamento.

Conclusão

As feridas que não cicatrizam representam um desafio clínico e emocional para muitos pacientes. Mas com o avanço da medicina, o oxigênio de alta pressão tornou-se uma ferramenta poderosa para reativar o processo de cicatrização, combater infecções e devolver qualidade de vida.

A Terapia Hiperbárica não apenas acelera o fechamento das feridas, mas também restaura a saúde dos tecidos e reduz complicações graves, como amputações.

Mais do que um tratamento, é uma esperança real de recuperação para quem convive com feridas crônicas e resistentes.